Qual a importância do escoramento nas obras?
Para um trabalho seguro e eficiente em uma obra, deve-se compreender não só a fase em que a obra está atualmente, como também o próximo passo a ser dado e a construção como um todo.
Um dos processos que antecipa e possibilita o próximo passo é o escoramento. Por esse motivo, é essencial que seu planejamento e execução sejam muito bem feitos. Do contrário, abre-se margem para que o andamento e a segurança da obra sejam comprometidos, assim como a solidez da obra como um todo.
O escoramento é a criação de apoios provisórios para as fôrmas e o concreto, em estado ainda fresco, para que este seque da maneira correta e chegue no resultado esperado de forma eficiente e segura.
É aí que se vê a importância do escoramento nas obras, pois com uma sustentação incorreta, igualmente incorreta é a secagem do concreto, o que diminui a sua capacidade de sustentação. Outro fator que ressalta essa importância é a possibilidade de o escoramento ceder, o que coloca em risco a vida de todos os presentes no canteiro.
Trata-se o escoramento, portanto de uma atividade essencial e delicada. Deve ser portanto feita levando-se em consideração o tipo de concreto utilizado, a carga final, a carga necessária para a construção do próximo piso, o tamanho, se é ou não concreto protendido e o peso da fôrma em si.
Na atualidade, são duas as principais formas de escoramento nas obras: metal e madeira. A utilização de madeira no escoramento nas obras é o método mais tradicional. Pode ser realizado com troncos de madeira bruta, com um simples corte na distância desejada, ou com madeira tratada ou industrializada, para que se obtenha maior proteção contra calor e umidade, entre outros.
O custo do escoramento com madeira nas obras é uma grande vantagem, pois a madeira é mais abundante e mais disponível no mercado. Até mesmo a madeira tratada exigem um processo menos sofisticado e um custo menor.
Por outro lado, a madeira também apresenta uma grande desvantagem, já que o ajuste fino da altura é tarefa bem mais difícil. Além disso, uma vez que se corta o tronco, não é possível prolongá-lo mantendo a rigidez.
Assim, cada vez mais a utilização de metal para o escoramento revela-se uma alternativa vantajosa, por conta de sua maior segurança e precisão.
As escoras metálicas apresentam ainda algumas possibilidades: forcado simples ou duplo, cruzeta, rosca com pescoço e flauta com altura variável.
Esta última é a forma mais comum. Consiste em dois tubos: um mais fino, que corre no interior; e o outro mais grosso, que envolve o mais fino. Com isso, há a possibilidade de uma regulagem para diversas alturas diferentes, o que já é uma grande vantagem quando comparamos às escoras de madeira.
Existe também o fato de o metal, por ser material reciclável, poder ser utilizado em outra peça mesmo quando a escora em questão chega ao fim de sua vida útil.
Como já mencionado, o escoramento em obras é essencial. Deve, portanto, ser realizado sob a verificação cuidadosa de todos os cálculos e das características do material, bem como o local, o clima, o peso, a utilização e o risco que representa à vida das pessoas trabalhando na quela obra.
Normas
O cálculo de escoramento e a regulagem de escoras metálicas são reguladas pela Norma NR 15969.
O uso de madeira bruta para o escoramento em obras é regulado pela Norma NBR 7190.
O uso de madeira industrializada para o escoramento em obras é regulado pela Norma NBR 9532.
Autor: Ezat